quarta-feira, 7 de maio de 2008

La Bombonera es Nuestra

Este dia em Buenos Aires foi dedicado integralmente para conhecer a Bombonera, estádio do Boca Juniors. Na foto, toda a nossa galera que teve disposição para ir ao estádio. Partindo da esquerda, Renata, Daniel, Fabiana, Eliane, Márcia, Paulo, Dadá e Carlinhos.

O estádio da Bombonera fica localizado no bairro chamado Boca, que vale a pena conhecer, mesmo para quem não pretende ir à Bombonera, apesar de estar localizado na periferia de Buenos Aires. Entretanto, o bairro não é aconselhável à noite, pois tem becos muito escuros e perigosos, uma linha de trem assustadora e uma comunidade que, segundo os argentinos, não é nada amigável.

Lá também há dançarinos de tango pelas ruas e performers que fazem estátua viva para divertir o público. Há músicos e uma espécie de display de madeira conhecidíssimo dos turistas, que podem simular que estão dançando tango na hora de fotografar.

Nas redondezas do Caminito, um dos locais turísticos mais importantes da Boca e de Buenos Aires, tem lojas que vendem quinquilharias para turistas, como chaveirinhos e coisinhas para levar para casa, bares e cafés para sentar e conversar.

A sua rua mais famosa é a Caminito, que ganhou homenagens como nome de tango e é ponto turístico obrigatório. Há artesanato, telas de artistas locais, quadros originais e todo tipo de lembrança do local.
Formado por imigrantes italianos, em maioria, o bairro tem como característica principal as casas construídas com lata. São cortiços, na verdade, feitos com pedaços de navios em que chegaram os italianos no passado, e que ganharam cores fortes, o que fez com que o bairro pudesse ser identificado mundialmente.
O bairro, como já dissemos, é sede da Bombonera, o estádio do Boca Juniors, por isso se transformou em palco da maior rivalidade do futebol argentino, contra o arquiinimigo River Plate. Ver a Bombonera de perto é quase impossível, porque só abre em dia de jogo.

Mas nós, evidentemente conseguimos, pois fomos bem cedo para a Boca, de modo a poder curtir um pouco do bairro, do Caminito e de todo o clima que envolve aquela região em dia de jogo. Acabamos almoçando por lá, em um restaurante super pé-sujo que já fica dentro das grades que envolvem o estádio. Qualquer bar ou restaurante (são muito poucos) que fique do lado de dentro dessas grades é proibido de vender bebida alcóolica, inclusive cerveja. Mas é óbvio que todos dentro do bar tomavam cerveja em um copo plástico enorme onde normalmente deveria ser servido refrigerante. Nós, brasileiros, pouco acostumados com essas coisas, achamos tudo muito engraçado.

Antes do jogo começar aproveitamos para tirar fotos de lembrança. Aqui, Dadá e Carlinhos em frente ao campo, àquela altura ainda vazio.

Nós também quisemos aparecer na foto, observados de perto pela Renata. Aproveitamos para colocar os chapéus de bobo da corte da torcida do Boca.

Dadá também fez sua pose com o estádio ao fundo, ainda vazio. É impressionante, mas as torcidas chegam em cima da hora do jogo começar. Quando parece que não vai ter audiência, de repente o estádio enche.
Aqui o jogo já vai começar. Como era uma quarta-feira, parece esquisito o dia ainda estar muito claro, mas é assim mesmo. Os jogos começam no meio da tarde, mesmo que sejam em dia de trabalho. E o povo vai, mesmo!!! Depois dizem que brasileiro é que não trabalha...

A torcida que aparece na foto é do time adversário, o San Lorenzo, pois como estávamos situados bem no lado da torcida do Boca, não podíamos fotografá-la.
Mas a torcida do outro time era super animada. Ficamos até impressionados com a garra daquela torcida, que não parava de incentivar o San Lorenzo nem um minuto sequer.

O estádio não é tão bonito quanto o Maracanã. Ele é assimétrico, como se observa na foto. Aqui a noite já tinha chegado e o campo já estava iluminado. O Boca ganhava de 2 x 0 e a cada gol o estádio tremia. Como as escadarias são muito íngrimes, a sensação que tínhamos é que a qualquer momento iríamos despencar. Aí entendemos o porque do apelido do estádio, conhecido como caldeirão do Clube Atlético Boca Juniors, onde é considerado imbatível pelo retrospecto quase 100% farovável, principalmente se tratando de campeonatos internacionais e contra times brasileiros.
Quando o jogo acabou, ficamos esperando a torcida do San Lorenzo ir toda embora. Estávamos já do lado de fora da Bombonera, próximos ao Caminito. Nos sentíamos seguros, porque havia muitos carros da polícia. Mas quando toda a outra torcida se foi, os carros da polícia também se evadiram, deixando o nosso pequeno grupo desavisado naquela região super perigosa. É bem verdade que é um dos pontos mais turísticos da cidade, mas durante a noite o bairro da Boca é reduto de criminalidade.
Esperávamos por taxis que não passavam e os ônibus exigiam dinheiro trocado, o que não tínhamos. A situação era tão perigosa que alguns argentinos caridosos nos chamaram para o ônibus, se oferecendo para pagar nossas passagens. Lá também tem muita gente boa!
Hoje, passados vários meses de nossa viagem, ao lembrar daquele caldeirão que é a Bombonera, fico bem feliz que o meu Fluminense tenha enfrentado o Boca pela Libertadores da América em outro estádio.
Torcida tricolor invadindo Buenos Aires
Obrigado pela visita!
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