Quem conhece Cinque Terre?

Contos de Cantos da Itália
Por Maria Teresa Rabelo

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Nós não conhecemos Cinque Terre e jamais havíamos ouvido falar desse canto da Itália, até que Maria Teresa Rabelo, através de seus contos interessantes sobre sua estada na Itália tivesse nos apresentado esse lugar tão pouco difundido. Por isso, não poderíamos deixar de socializar essa informação, bem como as dicas dos filmes recomendados por Tetê, como é chamada carinhosamente pelos amigos.

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“Essas cidades da Itália são pura emoção, tanto pela história da humanidade ali escancarada, como pela beleza extraordinária das pessoas, homens e mulheres, lindos, perfeitos, verdadeiras esculturas vivas, um esbanjamento de sorrisos, charme e sensualidade.“

Sobre a foto que abre a matéria, Tetê esclarece:

“É Veneza mesmo. Gosto mais dessas fotos de cantinhos simples e comuns do que dos 'cartões postais' emblemáticos. Lá, não pude deixar de lembrar de um belo filme que vi há algum tempo e que recomendo: Pão e Tulipas”.

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Florença

“As lembranças e imagens dessa cidade grandiosa e encantadora estão fortemente guardadas na minha mente, uma overdose de obras de arte e de belezas naturais da Toscana (Siena, imperdível). Não faltam filmes sobre esses locais e recomendo o antigo 'Room with a view', que teve uma tradução brega para 'Uma janela para o amor', que é locado em Florença.”

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Tetê na Fontana di Trevi

De Roma, na Fontana di Trevi a indicação de filme da Tetê é: 'Elza e Fred'

E como Tetê tem um gosto todo especial pelos cantinhos pitorescos, descobriu um desses, que apesar de estar na Itália, quase não tem divulgação, como ela mesmo comenta:

“Por fim, encontrei um lugar paradisíaco, que não faz parte da rota habitual dos turistas, que é o conjunto de praias e reserva ambiental 'Le Cinque Terre' localizado na costa da Ligúria, próximo a Gênova. Uma dessas praias, Monterosso, aparece rapidamente no filme 'Sob o sol da Toscana.”

Praia de Monterosso

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Le Cinque Terre

Cinque Terre é o nome dado a um acidentado trecho de terra, na costa da Riviera da Ligúria, estado no norte da Itália, composto por 5 belas cidadezinhas com pouquíssimos habitantes, onde só se tem acesso por mar, de trem e por terra, preferencialmente caminhando, pois de carro o acesso é limitadíssimo.

Essas cidadezinhas estão encrustadas entre as encostas de pedras e o mar. São elas: Monterosso, Vernazza, Riomaggiore , Corniglia e Manarola.

Estas localidades, junto a Porto Venere e às ilhas de Palmaria, Tino e Tinetto foram declaradas em 1997 Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
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E continuando o relato de Tetê...

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“Para ir a Cinque Terre, saímos de trem desde Florença rumo a La Spezia Centrale, onde trocamos em direção a Gênova. Daí em diante o trajeto acompanha o litoral , com lindas paisagens, e com paradas em cada cidadezinha.”

Trajeto caracterizado pelo relevo

montanhoso próximo ao mar e ...

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pelas lindas paisagens!

São mais ou menos 13 km de costa e natureza que ligam

esses cinco vilarejos espalhados pelo mar da Ligúria.

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“As estações são todas iguais, cor-de-rosa, lindinhas!”

Estação de Riomaggiore

Tetê na Estação de Monterosso

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“Vale a pena poder curtir cada uma dessas cidadezinhas com calma, mas para quem não tem tempo, é possível também conhecê-las, fazendo um passeio de um dia inteiro”, recomenda Tetê.

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Monterosso

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Monterosso é o centro principal. Logo ao lado da estação ferroviária, o viajante se depara com a zona turística que tem a melhor praia dessa região. Ali, Eugenio Montale, prêmio Nobel da Literatura de 1975, encontrou inspiração para escrever "Ossos de Sépia", como conta LANE FERNANDES, em publicação da Folha on Line.
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Tetê conta que foi à praia em Monterroso e que comprou boas lembranças lá:

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“Magníficos azeites e temperos, acessórios para vinhos e belos calendários. Ou seja, vi esses lugares todos os dias de 2007. Ah! e sabonetes artesanais de azeite de oliva, bonitos e cheirosos, em simpáticas embalagens, que não tenho coragem de usar.”

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Monterosso: o maior balneário de Cinque Terre

É o único que tem areia para fincar o guarda-sol

Foto: Kiko Nogueira

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Vernazza

Vernazza é super charmosa, com pouquissima praia, muitas rochas, mas uma paisagem de tirar o fôlego.
É um retrato do no nosso imaginário sobre a Itália dos filmes de Vittorio de Sicca: praça perto da orla, iates, restaurantes baratos, peixe fresco, mulheres bonitas, solteirões parados na porta das casas, velhas gesticulando e velhos de suspensório.

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Corniglia

Corniglia é bastante calma e é a única que não fica beira mar, mas a belissima vista para o mar e a gelateria local, que oferece sabores bem tradicionais, ja valem a parada.

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Manarola
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Manarola, fica bem próxima de Riomaggiore, uns 30 minutos de caminhada leve. Sua disposição é perfeita para apreciar o mar. A melhor vista do próprio vilarejo fica na trilha de quem veio de Corniglia. Entre uma e outra, leva-se cerca de 1 hora. Manarola foi fundada no século 13 e tem, além do mar e das casas em tom pastel, monumentos interessantes, como a paróquia dedicada à Virgem Maria e a São Lourenço, do século 14. Porém, o que mais encanta os visitantes são as roupas estendidas nas janelas, as pedras do chão e as pessoas de lá, que como nas demais cidades são muito gentis.

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Riomaggiore

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Foto de FABIO STEFANON
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Riomaggiore é apinhada de jovens europeus e na praia tem um monte de garotas de topless, porém ninguém tira as sandálias para andar ou nadar, pois não há areia como em nossas praias e ninguém consegue ficar descalço sobre as pedras quentes.

Riomaggiore é muito íngreme, por isso, a vista do mar dali, bem do alto, é linda!

A Via dell´Amore começa ou termina ali.

Como o fluxo de turistas é bem maior a partir de Gênova, costuma-se dizer que Riomaggiore é a última parada, e leva o viajante exatamente onde deve levar, a um barzinho a beira mar, com bebida e boa música, e ainda fica a dois passos da estaçao de trem, que te leva de volta em 5 minutos por €1.80.

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Via dell´Amore

Há quem chame toda a trilha que percorre o Parque Nacional de Cinque Terre de Via dell´Amore, entretanto, foi batizado de Via dell´Amore apenas o trecho da trilha que vai de Manarola a Riomaggiore. Ele é florido, tem muitos banquinhos e podemos ficar horas lendo o que pessoas de todo o mundo escreveram para alguém especial. E no fim da trilha há um banco no formato de duas pessoas se beijando. O som das gaivotas e do mar batendo nas pedras ajudam a garantir o clima romântico para os inúmeros casais que passam de mãos dadas.

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Na foto acima, Zeina, amiga e companheira de viagem de Tetê, sentada no banco mencionado no texto anterior, que fica no final da Via dell'Amore.

Por fim, Tetê termina seu relato comentando a arquitetura local e dando algumas dicas:

“As casinhas são coloridas, simples e alegres, com predomínio do rosa e do amarelo, como se pode observar na foto acima. Não deixe de observar o conjunto arquitetônico de cada uma das cidadezinhas”

“Os restaurantes são charmosos, mas seu horário é inflexível: de 11 às 14 para o almoço, quando fecham e só reabrem às 19.”

“Como Cinque Terre é um Parque Nacional, ao chegar, o visitante deve comprar um bilhete que dá direito à entrada e caminhadas. Lá, receberá orientações sobre a preservação da natureza que deverão ser observadas rigorosamente.”

“Vá até lá de trem, pois isto lhe dará direito à paisagem maravilhosa da Toscana, Pisa, etc.”

“Um ótimo lugar para almoçar é em Monterosso, onde também há charmosas pousadas.”

“Se possível, passe ao menos uma noite em uma das cidadezinhas, para melhor aproveitar o clima do local e curtir os passeios com mais calma.”

“Não deixe de fazer a caminhada na Via Dell'Amore.”

Maria Teresa Rabelo é médica pediatra,

mora em Belo Horizonte, também adora

viajar e é uma querida amiga da família.

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Esperamos que os relatos da Tetê inspirem outras pessoas a viajar para esse lindo canto da Itália, pois nós, já estamos absolutamente convencidos que Cinque Terre fará parte de um de nossos próximos roteiros.

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Por fim, agradecemos imensamente à nossa querida amiga pela colaboração que deu a este blog, esperando, sinceramente, que continue nos brindando com novas matérias sobre mais viagens inesquecíveis.

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